Resenha: Vejo você no espaço, de Jack Cheng


Como é ver o mundo através dos olhos de uma criança?

Alex tem 11 anos, é apaixonado por ciência e sonha enviar o próprio foguete para o espaço - inspirado no seu herói, o cientista renomado Dr. Carl Sagan. Nesse foguete, ele pretende colocar seu iPod de Ouro com registros de vários sons do planeta Terra. Carl Sagan também é o nome do cachorrinho mais compreensível do universo, e também o melhor amigo de Alex. Qual é o sentido dessa história? O que Alex está procurando?


"Ele falou que aquele momento era o mais importante de todos: a reação ao fracasso. Ou eles se deixavam abater pelo fracasso ou redobravam os esforços para descobrir o que tinha dado errado, corrigiam seus erros e garantiam que a próxima tentativa fosse um sucesso."

A jornada começa com o foguete, mas talvez haja muito mais coisa a ser descoberta aqui na Terra, do que no espaço. Talvez o brilho das estrelas ofusque a realidade de que somos nada mais do que poeira e, por isso, de nada adianta estarmos a toda velocidade rumo ao desconhecido...

"(...) eu sei que a verdade é incômoda, mas se eu vivesse feliz o tempo inteiro, então eu não poderia ser forte."

Vejo você no espaço é um livro doce, inocente e sensível. A narrativa é na voz do Alex em forma de gravação, e ao mesmo tempo que me incomodou uma vez ou outra, também me surpreendeu. Acredito que minha experiência com esse livro seria bem melhor no formato de audiobook.


Alex e o foguete,
Alex e o Carl Sagan (o herói e o cachorro),
Alex e os amigos,
Alex e a Terra.

Nessa história de foguete, universo, planetas e tudo mais, Alex é como o Sol. Tudo gira em torno dele. Ele brilha, aquece e se torna fundamental. Depois da explosão, todos os astros vão para seus devidos lugares. A Terra gira e as estrelas brilham, simples assim, como a noção de mundo mais pura de uma criança.

"Então ele perguntou Por que está me olhando desse jeito?, e eu respondi que era porque fazia muito tempo que a gente não se via."

Recheado de referências a Cosmos, Contato, Carl Sagan e Neil deGrasse Tyson, o livro é encantador, bem humorado, leve e diferente de tudo que já li até hoje, no quesito estrutura narrativa. Minha ressalva é somente ao fato de que não há profundidade nos personagens, uma consequência da estrutura narrativa, acredito; que também me causou um leve incômodo. 

"Por que um astronauta não é preso quando comete um crime no espaço? Porque é um crime sem gravidade."

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2 Comentários

  1. Oi, tudo bem? Adoro livros que são escritos soube a perspectiva de uma criança. Estou apaixonada por essa capa, sem falar que a historia parece ser bem do estilo que gosto.

    Obs: Amei as fotos do posts, estão lindas

    http://www.meioassimetrica.com.br/

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    1. Muito obrigada, querida! Esse livro é lindinho e facin facin de se apaixonar <3

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